30/10/2008

BIOGRAFIAS RESUMIDAS DOS PRIMEIROS BURKE BRASILEIROS

FUNDADORES

John Ulic Burke: Nasceu em 28/11/1891, no distrito de Brooklyn, Nova York. Filho de Charles Francis Paul Burke e Henrietta Elizabeth Genevieve Blume (descendentes de irlandeses). Formou-se em contabilidade. Veio ao Brasil em 1916, para trabalhar no Rio de Janeiro,numa firma americana de importação-exportação (especialmente de papel, fios elétricos e arames). Voltou aos Estados Unidos, para se casar com Emma Anna Roggemann em 13-10-1919, retornando ao Brasil e indo morar numa casa comprada no sub-distrito de Santo Amaro, em São Paulo. Quando a firma faliu em 1922, passou a trabalhar para a companhia The São Paulo Tramway, Light and Power Company, Limited, indo morar em Guarujá e cuidando da importação, através do porto de Santos, do material e equipamento para a construção da usina hidroelétrica de Cubatão (hoje Usina Henry Borden). Morou no Guarujá até 1925, retornando a Santo Amaro, onde permaneceu até 1926, quando pediu demissão da Light. No mesmo ano foi contratado pela Companhia de Cimento Portland Perus (canadense), para ajudar na construção da fábrica em Perus e abertura das pedreiras em Água Fria (hoje, Cajamar). Mudou-se com a família para Água Fria em 1928, para superintender a exploração das pedreiras da companhia. Estudando em livros e com a experiência adquirida tornou-se, praticamente, um engenheiro, geólogo e minerologista. Passou a ser conhecido por todos como Mr. Burke. Trabalhou em Água Fria durante 23 anos (com uma passagem de dois anos pela superintendência da fábrica em Perus). Aposentou-se em 1951, indo morar no sítio, em Mogi das Cruzes. Faleceu em 28-11-1978, com 87 anos de idade, e foi sepultado em Mogi das Cruzes. Teve com Emma Roggemann sete filhos (Mary, Margaret, John, Henrietta, Charles, Thomas e Edward).

Emma Anna Roggeman (Burke): Nasceu em 25-01-1895, em Woodhaven, Condado de Queens, Nova York. Filha de Sebastian Peter Roggemann e Elizabeth Forschback, (descendentes de alemães). Diplomou-se professora primária. Casou com John Ulic Burke em 13/10/1919, e veio viver no Brasil. Tornou-se conhecida como Mrs. Burke, Dona Emma e Grandma. Teve com John sete filhos (Mary, Margaret, John, Henrietta, Charles, Thomas e Edward). Depois de ter morado em Guarujá, Santo Amaro, Água Fria e Perus até 1942 morou em São Paulo de 1942 a 1947, para cuidar dos filhos John, Thomas e Edward, enquanto estudavam (Mr. Burke permaneceu em Água Fria). Lecionou na Escola Graduada Americana entre 1943 e 1946. Viveu no sítio, em Mogi das Cruzes, de 1951 a 1978. Após a morte de Mr. Burke, em 1978, foi viver com as filhas Henrietta e Margareth em São Paulo, onde faleceu em 01-03-1989, com 94 anos de idade. Foi sepultada em Mogi das Cruzes, ao lado do marido John Ulic Burke.

PRIMEIRA GERAÇÃO


1. Mary Elizabeth Burke (Mary): Nasceu em 23/10/1920, em Santo Amaro e viveu no Guarujá até 1925, e em Santo Amaro até 1928; depois em Água Fria até 1939, e em Perus até 1939. Fez o curso básico no Colégio Des Oiseaux (das Cônegas de Santo Agostinho), em regime de internato, em São Paulo. Em 1939, quando tinha 19 anos de idade, foi acometida de tuberculose e foi viver em Campos do Jordão, na esperança de que o clima de montanha pudesse curá-la. Lá conheceu José Gonçalves, de quem ficou noiva, mas não chegou a se casar. Faleceu em 01/04/1942, em São Paulo, com 22 anos de idade. Foi enterrada no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, ao lado do seu irmão Carlito, falecido em 1935.


2. Margaret Gertrude Burke (Peggy): Nasceu em 12/10/1921, em Santo Amaro e viveu no Guarujá até 1925, e em Santo Amaro até 1928, depois em Água Fria até 1939 e em Perus até 1940. Estudou no Colégio Dês Oiseaux (das cônegas de Santo Agostinho, em regime de internato, onde completou o curso básico. Em 1940 entrou no convento das Cônegas de Santo Agostinho, para ser freira e adotando o nome de Madre Rosa de Lima. Fez o curso superior de História e Geografia, no Instituto Sedes Sapientiae (defendeu tese sobre as vilas operárias de Água Fria e Perus). Estudou pintura na Bélgica. Trabalhou nos Estados Unidos (Conneticut e San Diego). Em 1970 deixou o convento. Trabalhou no Zoológico de Água Funda. Sofreu um acidente de carro que quase a matou, obrigando-a a ficar de cama por muitos meses. Casou-se em 1974 com Victor Johanes Jacob Franck, um comerciante internacional de animas silvestres, passando a se chamar Margaret Franck, e indo viver em Embu, na Grande São Paulo. Depois mudou-se para Londrina, indo morar nas residência do Jardim Zoológico, adquirido pelo Victor. Ficou viúva em 26/08/1980 (Victor morreu do coração enquanto o casal passeava na Alemanha). Vendeu o zoológico e mudou-se para Campinas, onde lecionou Inglês. Faleceu de câncer em 09/12/1992, com 71 anos de idade, e foi sepultada em Campinas. Não teve filhos.


3. John Ulic Burke (John): Nasceu em 06/01/1923, no antigo Distrito de Santo Amaro, São Paulo, viveu no Guarujá até 1925 e em Santo Amaro até 1928, depois em Água Fria até 1939 e em Perus até 1941. Fez os cursos primário, ginasial e colegial no Colégio São Bento, em São Paulo, de 1931 a 1941, em regime de internato. Formou-se Engenheiro Civil, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1945. Casou-se em 22/11/1945, com Cecília Pedrosa Dantas, nascida em 15/03/1923, filha de Walderino Vasconcellos Dantas e Eulália Pedrosa Dantas (ela, sobrinha de Don Paulo Pedrosa ¾ antes Felisberto Pedrosa ¾, abade do Mosteiro São Bento). Foi professor de cálculo de estruturas de concreto armado, na Escola Politécnica da USP, tendo elaborado tabelas para facilitar os cálculos estruturais de concreto armado, e que passaram a ser amplamente utilizadas pelos calculistas em todo o Brasil. Doutorou-se em Cálculo Estrutural (o primeiro engenheiro a obter esse título na América Latina). Chegou à Livre Docência, na USP. Abriu um escritório de engenharia, em sociedade com dois colegas (José Guerra e Wagner). Mudou-se para Mogi das Cruzes, onde abriu outro escritório de engenharia, em sociedade com Miguel Gemma. Viveu, também, em São Bento do Sapucaí (1952 a 1955), voltando para Mogi em 1955, indo morar primeiro na cidade e depois, após a construção de sua casa, no sítio, continuando a lecionar na USP. Foi Secretário Municipal de Obras da Prefeitura de Mogi das Cruzes e engenheiro da Caixa Econômica Federal. Trabalhou para algumas grandes firmas de São Paulo (Maubertec, Itautec, Cerâmica São Caetano, Senai). Participou do projeto de construção de Brasília, e desenvolveu procedimentos para o cálculo estrutural do Metrô de São Paulo. Mudou-se para Campinas em 1978, continuando a trabalhar em São Paulo. Faleceu de câncer em 26/05/1982, em Campinas-SP, com 59 anos de idade. Foi sepultado no cemitério Parque das Azaléias, em Campinas. Deixou dois filhos (John e Pedro Paulo).


4. Henrietta (Emma) Burke (Teta, Té, Enriqueta. Seu nome foi uma homenagem à sua avó paterna): Nasceu em 24/12/1924, em Santo Amaro e viveu no Guarujá até 1925, e em Santo Amaro até 1928, depois em Água Fria até 1939 e em Perus até 1942. Estudou no Colégio Des Oiseaux (das Cônegas de Santo Agostinho), em São Paulo, de 1933 a 1940. Casou em 14/06/1941 com João Ferreira Passos, nascido em 23/03/1913, em Jeremoabo, Bahia; filho de José Passos e Maria Neves. Continuou morando em Perus até 1942, quando mudou-se para São Paulo, indo morar nos bairros do Ipiranga e Vila Prudente. Em 1946 foi morar no Brooklyn Paulista, para tomar conta dos seus dois irmãos menores, Thomas e Edward, que estudavam no Colégio São Bento. Em 1951, Teta e Passos mudaram-se para o Planalto Paulista, em 1955 para o Paraíso; depois, em 1970, para o apartamento que compraram na Alameda Franca, onde viveu até 1991. Entre 1963 e 1966, trabalhou no Comitê da ONU Para Estudos Energéticos. Em 1966 ajudou a fundar a Companhia de Eletricidade de São Paulo CESP, onde trabalhou até 1984. Durante esse período, Passos, que vinha sofrendo de uma doença degenerativa dos músculos e articulações (esclerose múltipla), foi piorando. Em 1992, mudaram-se para uma casa alugada na cidade de São Carlos SP, para que Passos pudesse ter mais liberdade de movimento. Lá ficaram até 1997, quando se mudaram novamente, desta vez para um apartamento na Av. Presidente Wilson na cidade de Santos (Praia José Menino), onde Passos veio falecer em 2001. Teta continua vivendo lá, onde recebe freqüentes visitas de seus filhos, netos e do bisneto.


5. Charles Francis Burke (Carlito): Seu nome foi uma homenagem ao seu avô paterno. Nasceu em 02/07/1926, em Santo Amaro, São Paulo, onde morou até 1928. Viveu em Água Fria até 1935, quando ficou doente (leucemia) e acabou falecendo no Hospital Samaritano em São Paulo no dia 01/06/1935, com 9 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério São Paulo, em Pinheiros.


6. Thomas Joseph Burke (Tommy, Tom; seu nome foi uma homenagem ao seu tio-avô e padrinho Thomas Daly Joseph Burke): Nasceu em 19/03/1931, em São Paulo. Viveu em Água Fria e Perus até 1941. Mudou-se para São Paulo em 1942, onde morou até 1950. Fez os cursos de 1o. e 2o. graus, entre 1940 e 1950, no Colégio São Bento. Estudou Engenharia Agronômica na Escola Nacional de Agronomia, da Universidade Rural do Brasil, de 1951 a 1954. Casou-se em 16/12/1954 com Maria Therezinha do Carmo Silva, nascida em 13/07/1931, filha de António Marçal da Silva e Sylvina Maria de Souza. Depois de casado, continuou vivendo no sítio, em Mogi das Cruzes, até 1967, quando mudaram para a cidade de Mogi, onde moraram até 1968. Trabalhou como Engenheiro Agrônomo Regional na Casa da Lavoura da Secretaria da Agricultura de São Paulo, em Itaquaquecetuba, no ano de 1959, e depois na Casa da Lavoura de Mogi das Cruzes de 1960 a 1968. Mudou-se para Campinas em 1968, para a trabalhar na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), na qual trabalhou até se aposentar em 1980. Durante esse tempo, fez cursos de aperfeiçoamento em Desenvolvimento Rural e Regional, em Israel, e de Extensão Rural, na Holanda. Foi professor em cursos de graduação e pós-graduação na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ, da USP, em Piracicaba, entre 1980 e 1991. Fez curso de mestrado em Sociologia Rural na ESALQ e de doutoramento em Lógica e Filosofia da Ciência (Epistemologia das Ciências Humanas), na UNICAMP. Deu dezenas de cursos rápidos, em várias partes do Brasil. Mudou-se em 1992 para Fraiburgo-SC, onde trabalhou como Diretor de Ensino da Prefeitura Municipal e como professor da Universidade do Contestado até 1995. Mudou-se para a praia de Bombinhas-SC, onde residiu de 1995 a 2000, depois mudou para Florianópolis, onde residiu até 2003 com Maria Therezinha. Atualmente esta morando em Santos. Não teve filhos. Publicou vários livros e trabalhos técnicos, dentre os quais: Cultura da Maça; Kiri: plantio e técnicas de cultivo; Do Jeitinho Brasileiro ao Golpe; Fraiburgo: do machado ao computador; Vida e Morte na Terra; O Professor Revolucionário: da pré-escola à universidade. Atualmente está tentando a edição de mais um livro: "Pensando o Impensável: um mundo sem deuses nem demônios, só genes?".


7. Edward (Arthur) Burke (Eddy, Ed, Eduardo, Edu): Nasceu em 27/05/1932, em São Paulo. Viveu em Água Fria e Perus até 1941. Mudou-se para São Paulo em 1941, onde viveu até 1950. Fez os cursos de 1o. e 2o. graus no Colégio São Bento, de 1940 a 1950. Mudou-se em 1951 para "o sítio", em Mogi das Cruzes, onde implantou, em sociedade com seus pais e o irmão Thomas, uma granja de produção de ovos, criação de frangos, e uma "fruticultura", para produção de mudas de oliveira e de algumas espécies de frutas de clima temperado. Casou-se em 08/05/1955 com Elza Jacob Jorge (nascida em 18/12/1934, filha de Jacob Jorge e Rachid Salomão). Viveu no sítio até 1969, quando mudou-se para a cidade, começando a trabalhar na fábrica de cerâmica da Cia Ceramus, em Suzano, depois passou para a fábrica de tratores da Valmet, em Brás Cubas, como encarregado de garantia, onde trabalhou de 1970 a 1990. Fez o curso superior de Psicologia, na Universidade de Mogi das Cruzes - OMEC. Aposentou-se em 1992. Negociou com pneus recauchutados, na oficina do seu filho Paulinho, entre 1992 e 1995. Quando Elza morreu em 2000, Edward mudou-se para Londrina, para ficar perto do seu filho Edward Burke Jr. (Edinho). Comprou uma chacrinha, onde construiu um "rancho" (com churrasqueira e piscina); plantou algumas fruteiras e árvores "do mato". Costumava viajar, de vez em quando, para Mogi das Cruzes, Florianópolis e Vitória, para visitar os filhos, netos, bisneto, e seu irmão Thomas. Em Londrina, por ocasião das festas de fim de ano, costuma receber a visita de quase todos os seus descendentes e do irmão Thomas, acompanhado de Maria Therezinha, para memoráveis ceias, churrascos, peixadas e pescarias, quando aproveitavam para lembrar dos tempos passados e "jogar conversa fora" (donde nasceu a idéia de escrever este livreto). Em maio de 2003, mudou-se para Vitória – ES, para ficar perto do seu filho Carlos. Em 2004 retornou para morar em Londrina. Teve com Elza cinco filhos (Edward Burke, Elza Maria, Carlos Jorge, Paulo Roberto e Luiz Ricardo).

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